Reunidos na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, representantes de todas as centrais sindicais de diversos ramos, entre eles metalúrgicos, têxtil, petroleiros e papeleiros, divulgaram uma agenda unitária de luta contra as reformas do governo ilegítimo de Michel Temer.
Diversas ações estão sendo preparadas, entre elas, o combate a reforma trabalhista já na Campanha Salarial das categorias que têm data-base no segundo semestre. “Antes mesmo da criação deste fórum de unidade, a FEM-CUT/SP já havia criado um rol de “Cláusulas de Resistência”, que tem como objetivo barrar os efeitos da aprovação da reforma na Convenção Coletiva de Trabalho”, afirmou Adilson Faustino, o Carpinha, Secretário Geral da FEM-CUT/SP, “É de extrema importância que essas ações contra as reformas sejam unificadas e estejam presentes na agenda de negociação da Campanha Salarial, além disso, queremos aprovar cláusulas de salvaguarda, que garantirão o compromisso entre as partes para debater a reforma trabalhista com o tempo e atenção que essa pauta merece, é a oportunidade de demonstrar que não aceitamos a retirada de direitos”, explicou.
Além das ações nas Campanhas, o fórum planejou uma agenda de mobilização com “esquentas”, que acontecerão nas bases de cada sindicato entre os dias 28 e 31 de agosto e também uma grande mobilização no dia 14 de setembro. Aroaldo Silva, Secretário Geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, avaliou de forma positiva a reunião de hoje. “O encontro do “Brasil Metalúrgico” demonstra que cada vez mais os trabalhadores no Brasil estão preocupados com as leis aprovadas, tanto com a reforma trabalhista quanto com a Terceirização. Sabemos que estão em jogo as relações de trabalho, direitos já conquistados e o formato e o futuro da qualidade do emprego. Há uma mentira embutida que a reforma trabalhista e a terceirização geram emprego. Está mais do que claro que é uma enganação que nos foi contada. A próxima reforma que está por vim que é a da Previdência, mais uma tentativa de retirar direitos e empobrecer a classe trabalhadora do Brasil. A união hoje de todos os metalúrgicos e de outros setores da indústria que vieram de outros Sindicatos, Federações e confederações mostra que os trabalhadores estão caminhando para a unidade para derrubar as reformas que foram votadas e evitar a reforma da Previdência”.
Ações Jurídicas
No Palácio do Trabalhador, em São Paulo, foi criado um grupo de trabalho com representantes do Ministério Público do Trabalho, advogados trabalhistas e juristas que irão analisar quais são as ações legais cabíveis para reverter e enfrentar a reforma trabalhista aprovada no Congresso Nacional. Para Raimundo Oliveira, assessor jurídico da FEM-CUT/SP, o enfrentamento via institucional é essencial. “Essa reforma que na verdade é um desmonte do direito do trabalho no Brasil, tem diversos pontos que atacam a Constituição Federal. Ela é ilegal. Além disso, prejudica não só a classe trabalhadora, mas também os empresários, por causar instabilidade jurídica”, explicou Oliveira.
Agência de notícias da FEM-CUT/SP
Foto: Edu Guimarães/ SMABC