As trabalhadoras e trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) podem parar os trabalhadores caso as negociações da Campanha Salarial 2023 não avancem. Até o momento, as propostas das bancadas patronais para o reajuste salarial não contemplam as reivindicações da categoria.
A direção da FEM-CUT/SP e representantes dos 13 sindicatos filiados se reúnem nesta terça-feira (3), para uma nova reunião na qual vão avaliar a situação e definir os próximos passos da Campanha Salarial 2023. O encontro vai acontecer no Centro de Formação Celso Daniel, em São Bernardo do Campo.
Os dirigentes sindicais já realizaram rodadas de negociações com todas as bancadas patronais, menos com o Grupo 10 que representa micro e pequenas empresas. Nas reuniões com os empresários, além do reajuste salarial, a FEM-CUT/SP busca a manutenção e ampliação dos direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
Apesar de haver sinalização positiva nas discussões das cláusulas sociais, as bancadas patronais ainda não apresentaram propostas para o reajuste salarial de acordo com a reivindicação da categoria. Os metalúrgicos cobram a reposição integral da inflação – hoje em 4,06% – e aumento real nos salários.
Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, destaca que a luta pela valorização dos trabalhadores será feita. “O melhor caminho é sempre o do diálogo, da negociação. É com esse espírito que a FEM trata as campanhas salariais e busca, sempre, chegar aos acordos por essa via. Estamos empenhados, neste ano, em seguir dessa maneira. Mas não deixaremos de partir para uma paralisação, que é um instrumento legal, caso as propostas não atendam as reivindicações da categoria. Não aceitaremos nada menos que os metalúrgicos e metalúrgicas merecem”.
O secretário-geral da entidade, Max Pinho, lembra que as mobilizações já estão sendo realizadas pelos sindicatos filiados à Federação. “Em todo o estado de São Paulo, nossos dirigentes estão nas portas das fábricas falando com as trabalhadoras e os trabalhadores. Sentimos que todos estão dispostos a lutar por aquilo que é justo. Temos uma categoria unida e pronta para o que for preciso para garantir uma Campanha Salarial vitoriosa”. (Fonte: FEM-CUT/SP)