As negociações salariais tiveram o melhor resultado dos últimos seis anos em 2024. De acordo com o Dieese, 85% dos acordos e convenções coletivas analisadas no ano passado tiveram aumento acima do Índice de Preços ao Consumidor (INPC).
A Campanha Salarial 2024, negociada pela Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), faz parte desta lista. A entidade garantiu aumento real de 1,2% para a categoria, beneficiando mais de 175 mil trabalhadoras e trabalhadores em todo o Estado de São Paulo.
O resultado conquistado pelos metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP contribui para a média de aumentos com ganho real registrada no Brasil em 2024. De acordo com o Dieese, considerando todos os reajustes, o ganho real médio foi de 1,37% acima do INPC.
Ainda em 2024, o Dieese aponta que 11,4% das campanhas salariais tiveram reajustes iguais à inflação do período. A entidade destaca que apenas 3,6% das negociações resultaram em acordos abaixo do INPC.
O setor rural teve o melhor resultado, registrando 86,6% das negociações com reajustes acima da inflação. A indústria, setor do qual os metalúrgicos fazem parte, garantiu o segundo maior percentual de acordo com ganhos acima da inflação – 85,8%. Na sequência ficam serviços (84,4%) e comércio (81,5%).
Brasil nos trilhos
Para Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, o resultado da Campanha Salarial dos metalúrgicos e de todas as negociações analisadas pelo Dieese mostram um Brasil em pleno crescimento.
“A partir de 2023, encerramos o desmonte da indústria e o fim de uma política que penalizava o trabalhador brasileiro. A valorização do salário mínimo, a implantação de importantes programas e investimentos colocaram o país no rumo certo e o reflexo disso são os reajustes de salários. O crescimento econômico do Brasil sob a liderança do presidente Lula tem sido vigoroso, refletindo-se nas melhorias salariais e no aumento do poder aquisitivo da população”, afirma o sindicalista.
Max Pinho, secretário-geral da entidade, completa que o crescimento econômico só é positivo quando os trabalhadores são incluídos.
“Classe trabalhadora é a grande responsável pela produção do país e, consequentemente, por fazer a economia girar. Dessa maneira, os trabalhadores devem ser valorizados, com melhores salários e condições de trabalho. Nós, da FEM-CUT/SP, seguimos na luta pela valorização e pelos direitos dos metalúrgicos. (Fonte: FEM-CUT/SP)