Em entrevista à rádio CBN, Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, negou que o governo federal vai recriar o imposto sindical. Não é a primeira vez que ele nega essa notícia.
De acordo com Marinho, a defesa do governo Lula é por amplo debate no sentido de uma reorganização da estrutural dos sindicatos brasileiro e de estabelecer um meio para que as entidades tenham seu financiamento.
O ministro afirmou que uma contribuição pode ser criada através de uma lei específica, nos casos em que haja serviço prestado pelas negociações sindicais que garantam direitos para os trabalhadores. A arrecadação seria utilizada para custear as atividades das entidades, como assessoria técnica para as negociações e outros serviços e benefícios para os trabalhadores.
No entanto, Marinho destaca que qualquer medida que venha a ser estabelecida deverá passar pela aprovação dos trabalhadores através de assembleias de cada categoria e terá um limite de teto estabelecido. No momento, o tema está sendo debatido com diversas entidades da classe trabalhadora.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca a importância do debate. “Nada pode ser estabelecido de maneira que seja prejudicial aos trabalhadores. É fundamental que os sindicatos tenham condições de sustentação para fazer a luta em defesa das categorias que representam. Não podemos cair na falácia do discurso da direita, de que haverá um imposto sindical”.
Ele completa que o governo Lula está no caminho certo ao abrir a discussão do tema. “Prezamos pela democracia e pela construção coletiva. Tudo que venha ser decidido, passará pela construção e aprovação ou não dos trabalhadores. Este é o Brasil que queremos, que respeita o seu povo e trabalha pelo bem comum da classe trabalhadora e de toda sociedade”. (Fonte: FEM-CUT/SP)