Uma comitiva de dirigentes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e de sindicatos filiados esteve em Brasília para uma série de reuniões com membros do governo Lula e do Congresso Nacional para debater pautas importantes para a base metalúrgica.
Nos últimos meses, os dirigentes da CNM/CUT intensificaram conversas com o governo federal, parlamentares e o setor empresarial para defesa de pautas como a retomada do setor naval, do aço, eletroeletrônico, reforma sindical e reforma fiscal.
Segundo o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, as reuniões foram propositivas e reforçaram a intenção da entidade de aprofundar as conversas tripartites (governo, empresários e trabalhadores) para resolver problemas antigos da indústria nacional e impulsionar uma agenda de desenvolvimento inclusiva no país. “A CNM/CUT está olhando para o futuro do país, olhando o desenvolvimento, o emprego, o trabalho decente, a renda, o salário justo e a participação dos trabalhadores de forma decisiva na construção dos rumos do Brasil”, destacou. “Saímos muito entusiasmados das reuniões e com vontade de lutar mais, de trabalhar mais para trazer crescimento à nossa categoria”, completou o dirigente.
Congresso Nacional
Na parte da manhã, os dirigentes metalúrgicos foram ao Congresso Nacional, onde se encontraram com membros da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria do Eletroeletrônico. A CNM/CUT vem conversando com a associação patronal do setor (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee) e quer entrar no debate sobre inovação e tecnologia do setor. “Entregamos aos parlamentares o documento com 21 pontos que havíamos entregue à Abinee e deixamos algumas agendas marcadas, com comprometimento de construir eventos junto à Frente Parlamentar”, conta Loricardo.
Ministério do Desenvolvimento e Indústria
Saindo do Congresso Nacional, os dirigentes foram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), onde também trataram do setor eletroeletrônico e do setor do aço. A Confederação convidou o governo a participar de um evento a ser realizado pelos trabalhadores no Ceará no final de setembro, onde será debatida a indústria siderúrgica nacional, em paralelo ao evento patronal do setor. “Pontuamos que é necessário o governo discutir com os trabalhadores a questão do minério, do lítio, do aço, criar um grupo para debater o preço, e também o trabalho na cadeia produtiva, que é muito penoso ao trabalhador, entre outras questões”, disse o presidente da CNM/CUT.
Ministério da Fazenda
A agenda seguinte foi no Ministério da Fazenda, onde foi discutida a reforma tributária, que avança para o debate sobre a tributação da renda e a desoneração da folha, ponto que interessa ao setor patronal e afeta os trabalhadores. “Quem ganha mais precisa pagar mais imposto, porque não basta tirar da desoneração e daqui a pouco ali na frente nós estamos discutindo uma nova reforma da Previdência. Então vai ser a tarefa que nós vamos fazer, se comprometemos em fazer uma nova agenda lá na Fazenda para discutir com o governo qual vai ser o próximo passo da da reforma tributária que vai tratar dessa questão da renda”, contou Loricardo.
Ministério do Trabalho
Por fim, a comitiva visitou o Ministério do Trabalho, onde conversou sobre a proposta da reforma de contratação coletiva, sustentação financeira dos sindicatos e ultratividade, questões que vêm sendo debatidas pelo movimento sindical nos últimos meses. “Conversamos também com o ministro sobre a formação do trabalhador 4.0, no qual o governo fez convênio com algumas empresas de tecnologia nesse sentido, mas atingiu um número pequeno de trabalhadores, então queremos ter acesso a esse estudo para que haja a nossa participação e que os jovens trabalhadores possam efetivamente participar dessa formação tecnológica”. finalizou o sindicalista. (Fonte: CNM-CUT)