Na luta pela reposição integral da inflação de 4,06% e aumento real de 2% nos salários, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e os 13 sindicatos filiados vão intensificar as paralisações nas empresas e reforçar o estado de greve A decisão foi tomada em reunião realizada nesta quarta-feira (18), em Itu.
Em todo o Estado de São Paulo, a categoria já rejeitou as propostas das bancadas patronais que, apesar de apresentarem algum percentual de ganho real, ainda estão abaixo das reivindicações exigidas nas mesas de negociações. Os sindicatos realizam constantes atos de mobilização – inclusive com paralisações em algumas localidades – para pressionar os empresários por avanços.
Os metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP também cobram a renovação e ampliação dos direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), especialmente nas questões relacionadas às mulheres trabalhadoras.
O presidente da entidade, Erick Silva, explica que as mobilizações sustentam o andamento das negociações com as bancadas patronais. “Os companheiros e companheiras estão de parabéns pelo papel que desempenham. Foi isso que fez com que os patrões trouxessem novas propostas para as mesas de negociações. No entanto, isso ainda não atende ao desejo da categoria”.
Ele destaca que a luta por aumento real de 2% continua. “Estamos firmes em garantir a valorização do trabalhador e trabalhadora, renovar as Convenções Coletivas e fazer dessa Campanha Salarial uma grande vitória”.
Max Pinho, secretário geral da entidade, aponta ainda que o período de Campanha Salarial é fundamental para unidade. “Nossa luta mostra a importância do movimento sindical. Os sindicatos têm se fortalecido em suas bases e em torno da Federação. Isso é muito importante, não apenas para este período de negociação, mas para o trabalho diário em prol da categoria metalúrgica”.
A FEM-CUT/SP e os 13 sindicatos filiados, juntos, representam cerca de 190 mil trabalhadores e trabalhadoras na Campanha Salarial 2023 – além de outros 25 mil metalúrgicos das montadoras, que realizam negociação à parte. (Fonte: FEM-CUT/SP | FOTO: JÔNATAS ROSA)