A mobilização da greve geral começou cedo. De madrugada, na verdade. Dirigentes do Sindicato estiveram desde as primeiras horas nas portas de fábrica levando aos companheiros uma mensagem de resistência a mais um golpe que o Governo Temer que aplicar com as reformas trabalhista e da Previdência.
Depois dessa atividades, os companheiros foram para Jundiaí, onde participaram de uma passeata e um ato público, no centro da cidade, comandados pelo Movimento Intersindical, que congrega 20 entidades de toda a região.
Em meio ao público de cerca de 1.000 pessoas presente ao protesto, podiam-se ver cartazes e faixas contra o Governo Temer e em defesa dos direitos dos trabalhadores, muitos dos quais empunhados por jovens e idosos. O comércio, em sua grande maioria, baixou as portas enquanto o ato transcorria. Os ônibus urbanos só começaram a circular às 11 horas. Empresas de diversos setores também tiveram as atividades paralisadas.
Durante cerca de uma hora, sindicalistas, representantes de grupos sociais e trabalhadores se revezaram nos pronunciamentos contra as reformas da Previdência e trabalhista.
Presente à manifestação, o companheiro Joíldes, diretor do Sindicato, enfatizou a necessidade de uma grande mobilização, de todos os trabalhadores brasileiros, para conter mais esse golpe contra a população. Segundo ele, as regras previstas na reforma trabalhista abrem a possibilidade de precarização do mercado de trabalho. “O que eles querem é superexplorar os trabalhadores, com o fim dos seus direitos e abrindo espaço para os empresários explorarem ainda mais os trabalhadores ao acabar com a Justiça do Trabalho”.
Para Joíldes, a reforma da Previdência só traz “prejuízos ao trabalhador brasileiro”. “Não aceitamos os argumentos do governo. “Se a gente levar em consideração a expectativa de vida no Norte e Nordeste do país, a maioria da população vai morrer sem se aposentar. A idade para aposentadoria é perversa, o tempo de contribuição é absurdo, além de ser um estímulo à previdência privada, tanto que é a carteira que mais cresce dentro das instituições bancárias privadas”, afirmou.