O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta quarta-feira (15) em fala no plenário da Casa que o governo “precipitadamente já inviabilizou a reforma da Previdência”.
O ex-presidente da Casa fez a declaração enquanto criticava a condução da agenda econômica por Michel Temer e argumentava contra a possibilidade de o governo aprovar o regime de urgência para o projeto de lei que limita o direito de greve dos servidores públicos.
“O Brasil todo está nas ruas. Votarmos exatamente hoje a urgência para essa matéria é um preço que não podemos pagar. É no mínimo um equívoco político”, afirmou.
Renan acabou aplaudido por integrantes da oposição, como o petista Lindbergh Farias (RJ), com quem chegou a discutir de maneira ríspida durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. O projeto acabou sendo retirado de pauta.
Fora da presidência do Senado desde fevereiro, o peemedebista tem entrado em atrito constante com o Planalto. Há receio no governo de que Renan leve em frente as ameaças e, de fato, crie problemas quando a proposta de emenda à Constituição chegar ao Senado.
Pouco mais cedo, em entrevista, Renan já havia criticado a condução das reformas pelo Palácio do Planalto. “O governo não pode encaminhar equivocadamente essas reformas.”
Para o peemedebista, a condução da agenda econômica de Temer “inviabilizou” o programa de refinanciamento de dívidas lançado em 2016 – que “não teve adesão absolutamente nenhuma”- e “se continuar com essa influência, vai inviabilizar outras reformas”.
Na semana passada, o peemedebista havia criticado a influência que, segundo ele, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha continuava a exercer sobre Michel Temer. Com informações da Folhapress.