Aconteceu a primeira rodada de negociação com a Fundição. Os representantes dos trabalhadores/as apresentaram o plano de trabalho para a “Campanha Salarial 2017: Resistência Unidade e Luta”. A proposta, que foi aceita pela bancada patronal, prevê que as cláusulas pré-existentes sejam as primeiras a serem debatidas, posteriormente, as cláusulas novas, que são demandas do chão de fábrica e por último, as cláusulas de resistência, que têm como objetivo, barrar os efeitos da reforma trabalhista e da terceirização.
A Fundição está entre os grupos que atendeu a demanda da cláusula compromissória que cria a Mesa de Negociação Permanente, e que segundo os dirigentes da FEM-CUT/SP, faz que o período da Campanha Salarial seja mais enxuto e objetivo. Andrea Sousa, secretária da Mulher na FEM-CUT/SP, valorizou a relação entre as bancadas dos patrões e de trabalhadores/as. “Esse grupo tem uma postura diferente, as relações são respeitosas, e a nossa expectativa é que mesmo diante de uma reforma trabalhista que pretende eliminar os direitos trabalhistas, essa mesa continue sendo produtiva e que garanta a preservação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse Andrea.
Segundo representantes do SIFESP (Sindicato da Indústria da Fundição do Estado de São Paulo), em assembleia realizada com empresários, a entidade patronal orientou que as empresas sejam cautelosas no que diz respeito à aplicação das mudanças contidas na reforma trabalhista. Raimundo Oliveira, assessor Jurídico da FEM-CUT/SP, propôs que seja assinada uma cláusula de salvaguarda. “Nossa proposta é que tenhamos um compromisso entre as partes de debater a reforma trabalhista quando sua versão final for aprovada”, explicou Oliveira, considerando as medidas que estão sendo tomadas por órgãos internacionais, pelo movimento sindical e até mesmo do Ministério Público do Trabalho para a revogação da reforma. Adilson Faustino, o Carpinha, secretário geral da FEM-CUT/SP destaca que se o patronal aceitar a clausula de salvaguarda será uma sinalização positiva. “A efetivação da reforma trabalhista ainda não está garantida e até lá, continuaremos resistindo. O compromisso do patronal em debater essas questões é de extrema importância”, afirmou Capinha.
As bancadas voltam a se reunir no próximo dia 18 de agosto.
Agência de notícias da FEM-CUT/SP