Os dirigentes dos 13 sindicatos que compõem a FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) já iniciaram a entrega da pauta de reivindicações às bancadas patronais. O Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) foi o primeiro a receber. O Sindicel, Sindratar e Siniem vieram na sequência. Fechando, foi feita a entrega da pauta para Sifesp (Fundição) e Grupo 10 (Fiesp). Amanhã é a vez do Grupo 8.3, Siescomet e Sicetel.
Logo após a entrega da pauta, a Federação realizou ato de lançamento da Campanha Salarial 2024, em Pindamonhangaba, interior paulista. A manifestação reuniu sindicatos filiados à entidade e representantes de outros setores da indústria, como químicos, construção civil, eletricitários, vestuários e alimentação.
Para o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, este ano, a FEM-CUT espera fechar a Campanha Salarial na mesa de negociação. “A mobilização já começou com empresas e trabalhadores”, disse o dirigente. “Ano passado não conseguimos chegar a um acordo, alguns grupos não destravaram as negociações e todos nós aprendemos muito, as bancadas também. Tenho certeza que vamos ter sucesso na Campanha Salarial deste ano assim como nas anteriores a 2023”.
Segundo Marquinhos, sindicatos da base da FEM-CUT irão organizar um calendário de assembleias de mobilização nas fábricas em todo o estado. A ação tem o intuito de ampliar o engajamento dos trabalhadores com informações e orientações em busca das conquistas.
Esforços
O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, lembrou que a entrega da pauta às bancadas patronais é o primeiro momento da negociação e toda a base deve estar unida para fortalecer a luta. “A proposta contempla as cláusulas sociais e econômicas com o INPC, além do aumento real. Agora precisamos evidenciar todos os esforços para construir o acordo que precisamos e isso se dá com muita mobilização dos companheiros e companheiras na base para fortalecer as mesas de negociações”.
“Reforçamos ainda o compromisso de todas as partes para que, até o final de agosto, as negociações estejam concluídas e, em setembro, sejam feitos os reajustes nos salários, além da convenção coletiva, que estabelece todas as cláusulas, já estar vigente”.
Mobilização
“Não basta só nós, trabalhadores e trabalhadoras, entendermos que isso é importante, é necessário que os grupos patronais entendam a importância de ter uma convenção coletiva assinada também”, ressaltou o coordenador de São Bernardo, Jonas Brito. “O trabalhador está na expectativa de conquistar o aumento real, a renovação da convenção coletiva e as assembleias de mobilização serão fundamentais para apoiar a luta. Nos próximos dias, já vamos iniciá-las”.
A Campanha Salarial tem como slogan este ano ‘Unidade e Luta – Vamos Conquistar a Nossa Parte’. Os principais eixos negociados com as bancadas patronais são valorização das Convenções Coletivas, reposição da inflação, aumento real, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e redução da taxa de juros. (Fonte: SMABC)
