Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo, participou da reunião da Direção Plena do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para falar sobre as primeiras impressões da Campanha Salarial 2018. Diferentemente dos anos anteriores em que a Campanha começava a ser debatida no segundo trimestre, em 2018, a FEM-CUT/SP colocou a pauta em discussão no início do ano, aproveitando o espaço da negociação permanente com as bancadas patronais. “Os motivos são muitos e diversos”, afirmou Luizão. O dirigente apontou que 2018 será um ano ainda mais delicado que 2017 devido a situação política no país que é desfavorável aos trabalhadores/as, inúmeros feriados com pontes e emendas e a Copa do Mundo – que atrapalham as agendas de negociação – eleições gerais de outubro e o saldo da retirada de direitos executada pelo governo ilegítimo. “Não estamos mais sob o regime da CLT, estamos sob as regras aprovadas com a reforma trabalhista, que retira a dignidade do trabalhador”, alertou Luizão. “Com o fim da ultratividade, temos que garantir o acordo até 31/08 para assegurar nossos direitos. Deixar para agosto seria um risco”, justificou.
Até agora a FEM-CUT/SP já se reuniu com a bancada patronal do grupo 2 (máquinas e equipamentos/ eletroeletrônicos), grupo 3 (autopeças, parafuso e forjaria), Sindratar (refrigeração e aquecimento), Siniem (estamparia), Sicetel (trefilação), Siescomet (esquadrias e estruturas metálicas), Simefre (equipamentos ferroviários), Sinafer (artefatos de ferro). Outra agenda está sendo construída com a Fundição. Na oportunidade a bancada dos trabalhadores/as tem apresentado a nova proposta de Convenção Coletiva de Trabalho, mais moderna e organizada e também novos pleitos por direitos sociais. “Seguimos no mesmo movimento de anos anteriores em que priorizamos os direitos que conquistamos com muita luta até aqui e que são assegurados pela Convenção Coletiva de Trabalho, e na humanização da CCT”, disse Luizão.
Ele explicou que a pauta econômica será construída e apresentada para as bancadas patronais perto da data-base, mas destacou a importância da unidade e disposição de luta para conquista da cláusula econômica. “Este é o ano de recuperar o poder de compra da categoria metalúrgica”, finalizou Luizão.
Agência de notícias da FEM-CUT/SP – Foto: Edu Guimarães/ SMABC