A menos de 30 dias da data-base, os metalúrgicos da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) acumularam 3,85% de perdas salariais. O período considerado são os meses entre setembro de 2022 e julho de 2023, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
O INPC registrou deflação de 0,09% no último mês, puxada principalmente pelos produtos alimentícios, que caíram 0,59%. Já os produtos não alimentícios tiveram redução de 0,07% no mesmo período.
Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, o resultado mostra que o Brasil está no caminho certo. “A inflação não é alta para ninguém. Com a inflação fora de controle, as pessoas não consomem, a economia não gira e com isso vem o desemprego. Por isso, é fundamental o trabalho que o governo Lula vem fazendo, com investimentos e estímulos econômicos, fazendo com o país volte para a rota do crescimento”.
Ele completa que, independentemente do índice, a Campanha Salarial 2023 não será uma tarefa fácil. “Iniciamos as negociações com as bancadas patronais e estamos discutindo todos os pontos da pauta de reivindicações aprovada pela companheirada, incluindo reposição integral da inflação e aumento real nos salários. Mesmo que ainda de maneira tímida, já temos sinalização dos patrões que apontam dificuldade para conceder aumento real. Não podemos baixar a guarda e precisamos estar prontos para cobrar o que é nosso por direito”.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, a mobilização da categoria é fundamental. “Estamos num processo de reconstrução do Brasil, fortalecendo os empregos e a renda da classe trabalhadora. A Federação trabalha constantemente para defender os direitos da categoria e com a Campanha Salarial não é diferente. Vamos buscar a reposição integral da inflação e aumento real, além da manutenção e ampliação dos direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho”.
Ele lembra que, na quarta e na quinta-feira, a entidade teve reuniões de negociação da Campanha Salarial com as bancadas patronais do Siescomet (esquadrias e construções metálicas) e do Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos).
“Foram os primeiros encontros com os empresários destes grupos, para conhecimento de pauta, ajuste e início das conversas. Temos uma pauta de reivindicações justa, aprovada por toda categoria, que garante importantes direitos, especialmente nos casos das mulheres. Vamos buscar, juntos, a manutenção dos direitos já existentes e ampliação do que ainda precisa melhorar. Seguimos juntos nessa luta para termos, mais uma vez, uma Campanha Salarial vitoriosa”. (Fonte: FEM-CUT/SP)