Os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) vão intensificar a mobilização para garantir avanços nas negociações da Campanha Salarial 2023. Assembleias nas portas das fábricas já estão sendo realizadas e serão ampliadas nos próximos dias. Além disso, não está descartada uma paralisação da categoria se as negociações não avançarem.
A decisão foi tomada em reunião realizada nesta terça-feira (26). O encontro teve a presença da direção da FEM-CUT/SP e de representantes dos 13 sindicatos que fazem parte da entidade em todo estado de São Paulo.
Os metalúrgicos da base FEM-CUT/SP tiveram 4,06% de perdas salariais nos últimos 12 meses, levando em consideração o Índice de Preços ao Consumidor (INPC). Até o momento as propostas das bancadas patronais não contemplam as reivindicações da categoria, que cobra reposição integral da inflação e aumento real nos salários.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, destaca que o trabalho da entidade cobra a valorização dos trabalhadores. “As negociações com os patrões esbarram nas questões econômicas e sociais, com propostas que não atendem os anseios da categoria. Por isso, deixamos claro nas reuniões com os empresários que vamos insistir até o fim por um reajuste que, de fato, faça a diferença na vida da categoria”.
O sindicalista completa que a mobilização dos metalúrgicos será fundamental. “Somente juntos podemos fazer dessa Campanha Salarial um movimento de vitória, que garanta aumento real nos salários e também amplie os direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). Nossos dirigentes estão prontos para organizar a categoria nesse sentido”.
Max Pinho, secretário-geral da Federação, aponta que o cenário econômico atual é diferente do percebido no ano passado. “A inflação está sob controle, os preços caíram e a produção vem melhorando na maioria dos setores. Isso é fruto do empenho do governo Lula que vem trabalhando para recuperar a economia e também graças ao trabalho duro dos trabalhadores metalúrgicos, que garantem o resultado positivo para as empresas. Portanto, nada mais justo que sejam reconhecidos devidamente na Campanha Salarial”.
CCTs
Por outro lado, os empresários têm sinalizado de forma positiva para as reivindicações das cláusulas sociais, que garantem importantes direitos através das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
Especialmente nos direitos das trabalhadoras, que é uma grande luta da FEM-CUT/SP, as negociações avançam para garantir a inclusão de importantes pontos nas CCTs.
“As trabalhadoras cobram por mais direitos e segurança no local de trabalho e é fundamental que busquemos esse caminho. As conquistas das mulheres são fundamentais para um mercado de trabalho mais justo e, como consequência, toda categoria ganha com isso”, enfatiza Ceres Lucena, secretária da Mulher Trabalhadora da FEM-CUT/SP. (Fonte: FEM-CUT/SP)