A luta dos metalúrgicos por avanços na Campanha Salarial 2023 continua. Até o momento, as bancadas patronais se recusam em avançar nas propostas e atender as reivindicações da categoria. O argumento dos patrões é que as empresas não estão no seu melhor momento e que, por isso, não podem atender as reivindicações dos trabalhadores.
No entanto, os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) já conquistaram centenas de acordos com reajuste integral da inflação – acumulada em 4,06% – e mais ganho real nos salários.
Para Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, a ação das entidades sindicais mostram a força da organização dos trabalhadores e desvendam a capacidade das empresas em atender as reivindicações da categoria. “Os sindicatos estão cumprindo um importante papel de mobilizar a categoria, através de assembleias, paralisações e em alguns casos a greve, que trazem as empresas para a realidade atual e chegam em acordos que valorizam a categoria. Isso mostra que as bancadas patronais estão sendo intransigentes porque querem e isso é um grande desrespeito com a bancada das trabalhadoras e trabalhadores”.
O secretário-geral da entidade, Max Pinho, completa que, as bancadas patronais estão colocando em jogo a renovação e ampliação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). “As CCTs são os principais instrumentos de proteção dos direitos dos trabalhadores, por isso, é de extrema importância a renovação para garantir os direitos sociais para toda categoria, além dos ganhos reais. Na pauta tínhamos reivindicações para avançar nos direitos das mulheres, a construção para a redução semanal da jornada de trabalho, entre outros itens. Nosso compromisso é proteger e valorizar toda a categoria, seguiremos até o fim nessa luta”.
A FEM-CUT/SP e os 13 sindicatos filiados, juntos, representam cerca de 190 mil trabalhadores e trabalhadoras na Campanha Salarial 2023 – além de outros 25 mil metalúrgicos das montadoras, que realizam negociação à parte. (Fonte: FEM-CUT/SP)