Trabalhadores de diversos segmentos foram à rua na manhã desta sexta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, para defender o Sistema Único de Saúde. Mesmo sob chuva fraca, os manifestantes deram o recado: saúde não é mercadoria!
O grupo criticou os cortes na rede pública, como a proposta de fechamento de farmácias do SUS pela prefeitura de São Paulo; a aprovação da PEC 55, que congela os investimentos públicos em saúde e educação pelos próximos 20 anos; e a reforma da Previdência do governo Temer, que também anunciou, na sexta-feira 31, que não vai mais financiar as unidades próprias do programa Farmácia Popular.
Lançado em 2004, durante o primeiro de Luiz Inácio Lula da Silva, o programa garantia a distribuição gratuita ou com até 90% de desconto de 112 medicamentos de uso contínuo para doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e anemia. A rede própria, que já vinha sendo reduzida, conta hoje com 393 unidades.
Na quarta (5), pressionado, o secretário municipal de Saúde da gestão Doria, Wilson Pollara, recuou e afirmou que não tem mais a intenção de fechar as farmácias. “As farmácias das Unidades Básicas de Saúde não serão fechadas. Ponto”, disse.
“A saúde pública é de vital importância para a sociedade. Com esse desmonte que esse governo está fazendo hoje, parece que a saúde pública não é mais uma obrigação do estado, deixando muita gente à deriva”, disse o dirigente sindical e membro do Conselho Municipal de Saúde Antônio Alves de Souza, o Toninho.
Conquista Cidadã
Durante o ato, foi distribuída à população uma carta intitulada O SUS não está à venda, denunciando o desmonte do sistema público de saúde.
“Conquistado na Constituição Federal de 1988, quando saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado, o SUS incluiu todas as brasileiras e todos os brasileiros, ao contrário do que ocorria até então, quando somente os trabalhadores com registro em carteira tinham direito à assistência médica”, diz a carta.
“Mesmo com o subfinanciamento do sistema e a necessidade de avanços na gestão, o SUS se tornou referência mundial, desde a atenção básica até os tratamentos de alta complexidade, da Estratégia Saúde da Família, aos programas de vacinação, de saúde mental, saúde da mulher, de combate à Aids, entre muitos outros”, acrescenta.
OMS alerta sobre depressão
O combate à depressão é o tema da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Saúde. A entidade, braço da ONU (Organização das Nações Unidas), lembra que a doença, muito comum entre os bancários, tem tratamento e o primeiro passo é conversar sobre o assunto.
Segundo a entidade, a depressão afeta pessoas de todas as idades e estilos de vida, causa angústia e interfere na capacidade de o paciente fazer até mesmo as tarefas mais simples do dia a dia. “No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio, segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos”, destacou a OMS. Os dados mostram que quase 800 mil pessoas anualmente tiram a própria vida.
O número de pessoas que vivem com depressão, segundo a entidade, está aumentando – 18% entre 2005 e 2015. A estimativa é que, atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença em todo o mundo.
No Brasil
Cerca de 5,8% da população brasileira sofrem de depressão – 11,5 milhões casos, o maior índice na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9%, ou 17,4 milhões de casos.
Spbancarios, com informações de Paula Laboissière, Agência Brasil