A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) fechou acordo da Campanha Salarial 2024 com mais um grupo patronal, o Sicetel. Entre reposição da inflação e aumento real, os metalúrgicos vão receber reajuste de 5% nos salários.
Além disso, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) negociada pela direção da FEM-CUT/SP, que garante importantes direitos para os metalúrgicos e metalúrgicas, tem validade de um ano.
Os dirigentes sindicais também seguem as negociações com o Sinien para chegar a uma proposta que atenda as reivindicações da categoria.
No Grupo 10, que abrange médias e pequenas empresas, e no Aeroespacial, a FEM-CUT/SP já encaminhou aviso de greve, diante da intransigência dos empresários em negociar a valorização dos metalúrgicos.
O Grupo 10, por exemplo, não negocia uma Campanha Salarial com a Federação desde 2017, ano em que foi implantada a Reforma Trabalhista.
Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, destaca que a direção da entidade segue lutando para que toda categoria seja beneficiada com aumento salarial e os direitos contidos nas CCTs.
“Nosso compromisso é lutar por todos os metalúrgicos e metalúrgicas de forma igual e, por isso, seguimos pressionando essas bancadas patronais que ainda não fecharam acordo. Tivemos êxito no Sicetel, com reajuste que garante aumento real e os direitos contidos nas CCTs. Com isso, avançamos ainda mais nas conquistas da Campanha Salarial 2024”.
Para o secretário-geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, a dificuldade de negociação com o G10 e o Aeroespacial tem ligação direta com a Reforma Trabalhista.
“Essa Reforma retirou poder dos trabalhadores na luta por seus direitos e beneficiou apenas os patrões, que acabam por valorizar a importância da mão de obra dos metalúrgicos. Desde então, o Grupo 10 se recusa a negociar e os trabalhadores só estão protegidos e garantindo reajuste salarial pelo excelente trabalho dos sindicatos filiados, que negociam por fábrica”.
Conquistas
A Campanha Salarial 2024 liderada pela direção da FEM-CUT/SP já fechou acordos com os demais grupos patronais, garantindo 3,71% de reposição da inflação do período – de setembro de 2023 a agosto de 2024 – e 1,2% de aumento real. Isso representa um reajuste salarial de 4,95%, além da conquista das Convenções Coletivas, com importantes direitos para os trabalhadores e trabalhadoras.
Confira como ficou a situação em cada grupo patronal:
G8.III – SIMEFRE, SINAFER e SIAMFESP
Renovação das cláusulas sociais por um ano com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
SIESCOMET
Renovação das cláusulas sociais por um ano com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
SINDICEL
Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
G3 – SINDIPEÇAS, SINDIFORJA e SINPA
Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
SIFESP (Fundição)
Renovação das cláusulas sociais por dois anos. INPC + 1,2% de aumento real.
SINDIFUPI
Renovação das cláusulas sociais por um ano. INPC + 1,2% de aumento real.
SINDRATAR
Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
G2 – SINDIMAQ e SINAEES
Renovação das cláusulas sociais por dois anos. INPC + 1,2% aumento real.
SICETEL
Renovação das cláusulas sociais por um ano. INPC + 1,24% de aumento real.
(Fonte: FEM-CUT/SP)