A taxa de desemprego no país fechou o trimestre encerrado em agosto em 11,8%, um pouco abaixo de maio (12,3%) e de igual período de 2018 (12,1%). O número de desempregados caiu e foi estimado em 12,565 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE. Mas o emprego que cresce, efetivamente, é o sem carteira e autônomo. Essas duas modalidades, por sinal, bateram recorde em agosto. E têm rendimentos menores.
De maio para agosto, são 684 mil ocupados a mais, crescimento de 0,7%. Em 12 meses, a alta é de 2%, com mais 1,841 milhão de pessoas ocupadas. Mas em um ano o emprego com carteira fica praticamente estável (0,4%, mais 140 mil), enquanto o sem carteira sobe 5,9%, com acréscimo de 661 mil vagas. E o trabalho por conta própria aumenta 4,7%: mais 1,089 milhão de pessoas nessa condição.
Os empregados com carteira somam 33,042 milhões, enquanto os sem carteira são 11,795 milhões. E os trabalhadores por conta própria, 24,293 milhões. Esses dois últimos são os maiores resultados da série histórica da pesquisa.
A chamada taxa de subutilização da força de trabalho recuou para 24,3% no trimestre e ficou estável em comparação com o período encerrado em agosto do ano passado. Os subutilizados somam 27,8 milhões, menos 769 mil em três meses, e quase no mesmo nível de um ano atrás (27,4 milhões).
A população desalentada é de 4,7 milhões, um pouco abaixo do trimestre anterior (menos 193 mil) e sem alteração na comparação anual. O percentual de desalentados em relação a quem está na força de trabalho praticamente não se altera: 4,2% em agosto, 4,4% em maio e 4,3% há um ano.
Estimado em R$ 2.298, o rendimento médio ficou estável nas comparações trimestral e anual. O mesmo acontece com a massa de rendimentos (R$ 209,893 bilhões). O rendimento dos empregados com carteira (R$ 2.184) fica bem acima dos ganhos dos sem carteira (R$ 1.432) e dos autônomos (R$ 1.668).
(Fonte: Rede Brasil Atual)